GUARAENSE ELIAS ANTÔNIO NETO TOMA POSSE NA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE RIBEIRÃO PRETO

Categoria: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Publicado em: 28/11/2022 10:51:55

Autor dos livros “O Ipê Amarelo: crônicas, memórias e devaneios” e “Entre Livros e Goiabas”, nos quais reflete sobre temas do cotidiano e aborda histórias vividas em Guará em sua infância e adolescência, o escritor Elias Antônio Neto é o mais novo integrante da Academia de Letras e Artes de Ribeirão Preto (ALARP).

A cerimônia de posse, com a presença de familiares e de muitos amigos guaraenses e rotarianos, foi realizada na noite desta quinta-feira, 10 de novembro, na sede distrital da Associação Comercial de Ribeirão Preto, na Avenida Saudade, nos Campos Elíseos.

Aos 66 anos, completados em agosto, Elias ocupa agora a cadeira de número 3 da ALARP, cujo patrono é Plínio Travassos dos Santos e que já havia sido ocupada por José Pedro Miranda e Nei Araújo Junqueira, que faleceu em setembro do ano passado.

Aprovada por unanimidade, a indicação de Elias Antônio Neto para a cadeira 3 da ALARP foi feita pelo acadêmico Carlos Ferriani, que destacou a trajetória profissional, artística e comunitária do homenageado, “uma alma em constante movimento, a iluminar o caminho de outras pessoas, sempre as valorizando”.

Além da ALARP, fundada em 1981, a cidade possui outra instituição, a ARL (Academia Ribeirãopretana de Letras), mais antiga, de 1947, da qual Elias Antônio Neto é membro há três anos, como titular da cadeira número 5, cujo patrono é o poeta Cruz e Souza.

Filho dos professores Nehif Antônio – que dá nome a uma tradicional escola de Guará – e Therezinha Deise Prado Antônio, Elias formou-se em Direito, Engenharia Mecânica e História. Foi professor de inglês em cursos preparatórios para vestibulares durante 23 anos e dá aulas em faculdades, como professor convidado, em quatro áreas do Direito: Constitucional, Administrativo, Civil e Tributário.

É membro fundador da Academia de Letras e Artes de Guará (Alaguará), grupo de autores, artistas e amantes das artes em geral, com raízes em Guará, residentes ou não na cidade, que se reúne todos os meses, virtualmente, para discutir, entre outros temas, obras literárias, música e cinema.

Em seu discurso de posse, Elias resgatou antigas lembranças da cidade natal, em especial de dois vizinhos que o marcaram profundamente: o professor Joaquim Martins, “com quem aprendi o sabor das palavras”, e o maestro Arthur Bini, seu primeiro professor de música, “que preenchia o quintal de minha casa com sons de instrumentos”.

Elias discorreu sobre a mocidade em Ribeirão, exaltou a trajetória do patrono e dos dois ocupantes anteriores da cadeira número 3 da ALARP – “que deixaram um legado que deve sempre ser revisitado” – e explicitou como vê uma academia de artes.

“Creio que, aparelhada de mentes amadurecidas, pode inspirar a inserção social, acrescentar auto estima nas pessoas e funcionar como um farol, atuante na promoção do aprendizado, da leitura e raciocínio críticos”, afirmou. “As atividades desenvolvidas por uma academia, assim como aquelas desenvolvidas por cada acadêmico envolvido com arte e cultura, são os grandes agentes transformadores.”

“No fundo”, destacou Elias, com a voz embargada, “nosso sonho é podermos sair pelas ruas, percorrer as avenidas sem nos sentirmos apequenados pela miséria jogada pelas calçadas; transitar à noite sem nos depararmos com seres humanos desencantados pela vida; caminhar pelas praças sem que mãos estendidas nos façam doer o coração”.