Mães e pais de alunos e moradores do Jardim Paulista e arredores assistiram na manhã desta quinta-feira, 1º de dezembro, a uma apresentação dos estudantes que integram a Academia Livre de Música e Artes (ALMA) da Escola Municipal de Ensino Básico em Tempo Integral (EMEBTI) Adelaide Garnica, em Guará.

Patrocinado pela Usina Alta Mogiana, o projeto atende 120 dos 212 alunos da escola, que oferece ensino primário, do 1º ao 5º ano. As aulas, semanais, são ministradas por sete ex-alunos da Faculdade de Música da Universidade de São Paulo, dentro do projeto “USP Música Criança”. Os alunos têm aulas de violino, violoncelo, flauta, clarinete e percussão.

Segundo o coordenador da ALMA, Ladson Bruno Mendes, o “Concerto Pedagógico” desta quinta-feira foi uma mostra dos resultados do trabalho realizado com os alunos no decorrer do segundo semestre letivo. “Ainda está sendo desafiador”, avalia Bruno. “Somente agora, depois da pandemia, estamos conseguindo retomar a frequência, com as turmas completas, depois de um período turbulento, com aulas on-line e pouco contato”, ele explica.

Além dos moradores e familiares dos alunos, acompanharam o Concerto Pedagógico a diretora Silvana Aparecida da Silva, professores e funcionários da escola, as supervisoras de ensino Regina Coelho e Goreti Ribeiro e a assistente social Renata Mortari, da Secretaria de Educação, assim como a assistente de comunicação da Usina Alta Mogiana, Raquel Carvalho Pires Gonzaga.

Silvana afirma que uma das vantagens do projeto é que, ao fim do 5º ano, os alunos que passam a estudar na Escola Municipal Urbano de Andrade Junqueira – que oferece ensino Fundamental II e Médio – podem prosseguir com as aulas na “Adelaide Garnica”, aperfeiçoando-se ainda mais nos instrumentos.

É o caso, por exemplo, de Yago Silva, de 14 anos, morador do Jardim Paulista. Yago, que concluiu o 8º ano na “Urbano”, participa do projeto de música na “Adelaide” desde o início, em 2018, quando optou pelo clarinete. “Vou persistir, porque vai ser importante para o meu futuro”, afirma o garoto, cujo objetivo é tornar-se professor na área de música. E por que o clarinete? “É o instrumento com o qual me identifiquei”, ressalta ele. “É mais a minha cara.”

Ao se transferir para outra escola, há também a possibilidade de os alunos continuarem estudando música no Centro Cultural Carlos Alberto Nicolau, em São Joaquim da Barra, com transporte gratuito em ônibus da prefeitura de Guará. “Para lá vão os alunos mais avançados”, esclarece a coordenadora do projeto “USP Música Criança”, Maria Costa. “É uma preparação para eles ingressarem em uma faculdade de música.”