INTELIGENTE, ATIVO, CURIOSO: EDUARDO MARTINS QUEIROZ DÁ NOME AO CENTRO DE IMAGENS DE GUARÁ

Categoria: ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Publicado em: 04/09/2023 13:10:33

 

Recém-inaugurado, o Centro de Diagnósticos de Imagem e Exames Laboratoriais de Guará leva o nome de Eduardo Martins Queiroz, que foi o supervisor técnico do raio-x da Santa Casa até julho de 2020, quando, em meio à pandemia, aos 41 anos, faleceu por conta da doença que tanto ajudou a combater: a Covid-19.

Pai de João Vitor (23 anos), Eduarda (19) e Lauro (12), corintiano roxo, “quase” jogador de futebol, amante da pescaria com amigos e de churrascos com a família, Eduardo ingressou na Santa Casa de Guará – assim como o pai, Lauro Evaristo de Queiroz Filho – aos poucos.

Assim como o pai, começou a trabalhar na adolescência. Tornou-se profissional – igual ao pai – através da curiosidade.

Quanto tinha uns 17 anos, Laurinho passou meses na Santa Casa na companhia do pai, Lauro Martins de Queiroz, que estava adoentado. Nesse tempo todo, observando tudo o que se passava ao seu redor, acabou fazendo de tudo um pouco – desde cortar lenha para a cozinha até a limpeza de salas e corredores.

De 17 para 18 anos, aprendeu enfermagem e virou enfermeiro. Depois, tornou-se instrumentador cirúrgico. Na base da curiosidade, via como se batia as chapas de raio-x naquele aparelho – tipo pica-pau, do tamanho de um aparelho de dentista – e achou que poderia fazer igual. Quando a Santa Casa adquiriu um aparelho maior, por volta de 1976, Laurinho passou a ser o responsável por ele, até se aposentar.

Quando tinha uns 12 anos, Eduardo ficava na Santa Casa bisbilhotando o pai. Curioso, observava tudo o que se fazia por ali. Aos 16, já estava contratado. Com a aposentadoria do pai, assumiu o raio-x, setor que comandou até vir a falecer, oito meses antes de se aposentar.

Eduardo fez cursos técnicos em Radiologia, Química Industrial e Farmácia. Chegou a dar aulas em cursos superiores em Ituverava. A mente inquieta e a proximidade com a aposentadoria o levaram a se matricular em Física Médica na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, em Uberaba. Teve tempo de cursar apenas o primeiro ano.

Filho de Laurinho e Marli Silvia Barbosa Queiroz, Eduardo foi o primeiro técnico em Radiologia de Guará formado. “O sonho dele era ser cientista”, afirma o pai. “Tudo o que ele via, ele fazia melhor. Qualquer coisa que contavam para ele, ele ia lá e fazia igual. Eduardo era movido à curiosidade. Puxou o avô”, ressalta Laurinho, citando Lauro Martins Queiroz, que, mesmo sem diploma, trabalhou muitos anos em telefonia e comunicação, ajudou a montar uma algodoeira e tinha uma máquina de beneficiamento com polias e correias que ele mesmo montou.

Extremamente ativo, Eduardo trabalhava no raio-x da Santa Casa, na farmácia da família na Vila Vitória, estudava Física Médica em Uberaba e, além das pescarias no Rio Paraná e dos churrascos com os parentes, praticava judô e pedalava vários quilômetros quase todos os dias, do tipo “vou em Ipuã e já volto”.

“Ele trabalhava na linha de frente no combate à Covid, contraiu o vírus certamente no trabalho e em menos de 15 dias terminava todo um projeto de vida, ficando um vazio imenso para todos nós”, lamenta a irmã Fernanda. “Ele sempre foi muito inteligente e tinha muito a fazer ainda.”